terça-feira, 8 de novembro de 2016

NOTA DA ASSOCIAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CONTRA A PEC 55 E CONTRA RETROCESSOS NA EDUCAÇÃO E PESQUISA BRASILEIRAS

NOTA DA ASSOCIAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL CONTRA A PEC 55 E CONTRA RETROCESSOS NA EDUCAÇÃO E PESQUISA BRASILEIRAS


TODO APOIO ÀS OCUPAÇÕES!
TODOS AO II GRANDE ATO CONTRA A PEC241/55 !!!


Após assembleia ocorrida em 7 de novembro de 2016, onde mais de 100 pós-graduandos de mais de 20 programas de Pós-Graduação da UFRGS encaminharam a realização da presente nota referente às mobilizações estudantis que vem ocorrendo no país contra os cortes do orçamento federal referentes às Propostas de Emenda Constitucional (PEC) 241 e 55 e outras medidas que representam retrocesso na educação brasileira.

Compreendemos que as PECs 241 e 55 inviabilizarão a construção do conhecimento técnico e científico realizado pelos programas de pós-graduação de universidades públicas em médio e longo prazo. Além de afetarem drasticamente os setores da educação e saúde com a redução de investimentos percapita pelos próximos vinte anos, já que os mesmos ficariam apenas com a reposição inflacionária.

Tal situação fica deveras agravada com medidas de intervenção e de desestruturação do ensino médio com a Medida Provisória que desobriga a formação nas disciplinas das ciências humanas (filosofia, sociologia, história e geografia), situação que poderá aumentar o fosso na qualidade da formação entre escolas públicas e privadas. Além de que somos contra a instalação da mordaça nas escolas, com a chamada “escola sem partido” que busca instituir um pensamento acrítico e um tipo de novo “macarthismo” no sistema educacional brasileiro.




Portanto, entendemos que há sérios e preocupantes movimentos de desmonte do papel do Estado como financiador de uma educação de qualidade e crítica, como também de desmonte do SUS-Sistema Único de Saúde, além de afetar diretamente o financiamento das pesquisas científicas, situação que afetará também o fornecimento de bolsas para nós, pesquisadores.

Assim, é imprescindível que nos mobilizemos com os estudantes de graduação, como também com os outros setores da educação (servidores e educadores) e com movimentos sociais para fortalecermos as lutas para barramos a aprovação das PECs do teto de gastos, da reforma no ensino médio e da mordaça nas escolas.

Colocamo-nos favoráveis às ocupações que vêm ocorrendo nos níveis de graduação e pós-graduação em nossa universidade e nas demais. Acreditamos que as aulas públicas e diálogos acerca dos temas devem ser organizados em todas instâncias da comunidade acadêmica, para que o debate qualificado possa contribuir com o posicionamento de todos os setores. É importante compreendermos os efeitos destas propostas em nossa Universidade, na educação e no presente e futuro de nosso país.


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